O uso de drogas já é considerado uma epidemia em muitos lugares do mundo, pois o acesso aos entorpecentes está cada vez mais frequente, com um número anual crescente de pessoas com problemas de dependência química.
A OMS, Organização Mundial da Saúde, trata a droga como uma doença e os métodos de combate-la não são suficientes para suprir toda a demanda de casos graves ao redor do mundo.
Os profissionais de enfermagem são um dos principais personagens nos programas de recuperação e tratamento de dependentes químicos, trabalhando com toda a defasagem citada acima.
Se deseja saber como os profissionais de enfermagem atuam no tratamento com os dependentes químicos, então acompanhe este artigo até ao final!
Dados e Tratamentos de Dependentes Químicos
As drogas lícitas são muito consumidas no Brasil, sendo mais de 15% da população consumidora de álcool, por exemplo.
Já sobre as ilícitas, temos quase 8% das pessoas tendo consumido maconha, mais de 3% cocaína e cerca de 1% dos brasileiros já, pelo menos, experimentaram o crack.
As ações contra as drogas ilícitas são mais trabalhadas, possuindo muitos projetos e instalações físicas destinadas para o tratamento de dependentes químicos.
Dentre esses locais, temos hospitais, clínicas e centros de recuperação.
Os tratamentos podem ser internos, com regime parcial ou total, tendo internação voluntária e involuntária, essa exigindo um pouco de burocracia para conseguir.
Também podem ser externos, tratando pessoas sem sintomas graves e que, possivelmente, podem ter uma recuperação mais rápida.
Há o tratamento hospitalar, onde o paciente precisa ficar internado sob cuidados de profissionais e médicos.
Grupos de apoio, como o NA, Narcóticos Anônimos, são muito utilizados também, até paralelamente com outros tratamentos, pois dá todo o suporte e ressocializar o dependente químico.
Por último, a medicina preventiva e políticas de combate às drogas são utilizadas cada vez mais frequentemente no Brasil.
A Enfermagem e a Dependência Química
Os profissionais de enfermagem precisam se capacitar para trabalhar com dependentes químicos, estudando os tipos de entorpecentes, problemas ocasionados por conta das drogas no organismo e os tratamentos para cada caso.
Também se aprofundam na área psíquica, identificando os transtornos gerados pelas drogas e como cada uma delas age no organismo do dependente químico.
Em todas as fases do tratamento os profissionais de enfermagem convivem com os usuários de drogas, seja no momento da medicação, na higienização ou também na alimentação.
Com toda essa experiência, os enfermeiros absorvem conhecimento para discernir comportamentos dos dependentes químicos, identificando com precedência problemas com abstinência, por exemplo.
Esse conhecimento, adquirido e repassado pelos profissionais de enfermagem, levam uma constante melhoria para os tratamentos e também para a evolução da profissão.
Há um pré atendimento realizado pela enfermagem com o dependente químico, mapeando a situação do paciente, tanto física, quanto mentalmente, além de identificar outras questões não informadas pelo usuário.
É realizada uma anamnese, ou seja, a equipe de enfermagem realiza uma entrevista para obter todos os dados referentes ao dependente químico, seja com ele ou com familiares ou o responsável pelo paciente.
Os questionários traçam o perfil do paciente, possibilitando definir quais tipos de tratamento serão aplicados ao dependente químico, podendo ir de acompanhamento em órgãos como o Narcóticos Anônimos até uma possível internação.
Segue abaixo um modelo utilizado de anamnese:
1- Entorpecente utilizado;
2- Período em que começou a usar drogas;
3- Frequência do uso;
4- Locais que costuma utilizar;
5- Pessoas nas quais compartilha o consumo da droga;
6- Modo de usar;
7- Pessoas próximas que podem auxiliar no tratamento;
8- Estado de saúde, como doenças crônicas ou medicações controladas;
9- Informações sociais, familiares e profissionais;
10- Problemas psicossociais;
11- Tentativas realizadas de parar o vício.
Após as respostas, podendo variar ou incluir questões, os profissionais de enfermagem finalizam o primeiro passo para iniciar o tratamento do dependente químico, com todas as informações do paciente e de sua vida detalhadas.
A entrevista é realizada da forma mais agradável e humanizada possível, a fim de deixar a pessoa confortável para falar de sua vida e seus problemas, o que geralmente é um constrangimento para o dependente químico.
Requisitos para Trabalhar com Dependentes Químicos
Na verdade essas condições já são aplicadas para qualquer área da enfermagem, porém, por serem pessoas geralmente com o psicológico abalado, os dependentes químicos precisam de muita atenção.
Os profissionais de enfermagem precisam ser pessoas abertas mentalmente, não ter preconceitos e saber lidar com diversos tipos de personalidades e comportamentos, já que os usuários de drogas são de todas as classes e idades.
Mais Sobre Dependência Química
Existem muitos órgãos para profissionais de enfermagem e qualquer pessoa tirar dúvidas sobre dependentes químicos e o tema no geral.
Um dos principais é o CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, órgão governamental que possui vários serviços sociais e de atendimento, incluindo para dependentes químicos.
Mais informações, acesse o site, clicando aqui.
Para tratar a dependência química vale a pena contar com o apoio de uma clínica de reabilitação.
Por isso, se estiver precisando de ajuda, não deixe de conhecer nosso Centro de tratamento Ascensão, estamos localizados na Cabeceira de São Pedro, Zona Rural, a apenas 12 km de Teófilo Otoni –MG.
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